Apoio de Tebet a Lula depende de diálogo direto com o ex-presidente, afirmam aliados
Aliados da senadora afirmam que colocar intermediários pode atrapalhar negociações para a declaração de apoio no segundo turno.
Aliados da ex-candidata à presidência pelo MDB, Simone Tebet, afirmam que uma declaração de apoio da senadora a Lula (PT) no segundo turno depende de um diálogo direto com o ex-presidente.
Simone Tebet quer falar com o ex-presidente sobre propostas e como chegar a um acordo para união dos programas de governo.
As alas do MDB próximas a Tebet, e ao presidente Baleia Rossi, ainda destacaram que procurar os antigos caciques da sigla - como Renan Calheiros e Eunício Oliveira - para intermediar um diálogo, não vai funcionar.
Desde que alguns quadros do MDB tentaram reduzir a candidatura de Tebet, criou-se um mal estar entre as alas do partido.
A senadora não deve declarar apoio a Jair Bolsonaro (PL), até pela falta de alinhamento com o presidente. E caso o diálogo com Lula não flua, ela poderá declarar um apoio crítico ou neutralidade.
A posição menos direta, sem citar o nome de Lula, ou sem fotos ao lado do ex-presidente, poderia prejudicar o PT, que conta com os votos de Tebet para ganhar mais folga no segundo turno.
Outro ponto levantado pelos aliados da senadora é a dificuldade dos partidos Cidadania e PSDB, que estiveram na coligação para a presidência, declararem apoio abertamente a Lula.
A tendência será as legendas liberarem os palanques regionais e a senadora Simone Tebet para declarar apoio a quem quiserem. Tebet aguarda esse aval dos partidos da coligação para se posicionar, além da conversa com o ex-presidente Lula.
O PSDB tem quatro governadores no segundo turno, dois deles concorrem diretamente com candidatos ligados a Lula: Raquel Lyra, em Pernambuco; e Pedro Cunha Lima, na Paraíba.
No entanto, outros dois candidatos se beneficiaram com uma aproximação com Lula: Eduardo Reidel, no Mato Grosso do Sul; e Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul. Ambos enfrentam candidatos bolsonaristas.
Comentários