Lava Jato prende suspeitos de corrupção na Transpetro





Agentes da PF (Polícia Federal) cumprem nesta quinta-feira (31) três mandados de prisão temporária e 15 ordens de busca e apreensão nas cidades de São Paulo (SP) e Araçatuba (SP). O foco da 59ª fase da operação Lava Jato são contratos fraudulentos da subsidiária da Petrobras, a transpetro...


Segundo a PF, a operação tem como base o acordo de delação premiada do ex-presidente da Tranpetro Sérgio Machado, em que detalha o pagamento de propina a executivos da empresa.
Os valores, pagos entre 2008 e 2014, giravam em torno de 3% dos contratos — um total de 36 formalizados, em valor superior a R$ 682 milhões. 
"Calcula-se que foram repassados no período mais de uma centena de milhões de reais a agentes políticos, sendo que o colaborador teria recebido R$ 2 milhões, por ano, a título de vantagem indevida, além de R$ 70 milhões no exterior", acrescenta a PF em nota.
"O aprofundamento das investigações revelou que as propinas foram pagas por Wilson Quintela em espécie a Sérgio Machado e seus emissários, mediante sucessivas operações de lavagem de capitais que envolveram o escritório Mauro de Morais Sociedade de Advogados. A Receita Federal apurou que a banca advocatícia recebeu, entre 2011 e 2013, cerca de R$ 22,3 milhões de empresas do Grupo Estre, sem que tenha prestado efetivamente qualquer serviço", diz o MPF por meio de nota.
Os presos serão levados para Curitiba (PR), de onde foram expedidas as decisões judiciais. A força-tarefa da Lava Jato vai informar mais detalhes sobre a operação de hoje em entrevista às 10h. 
Procurada, a Estre Ambiental diz que colabora com as investigações e "permanecerá à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários". 
De acordo com nota do advogado Pierpaolo Bottini, que defende Wilson Quintela, ele "prestará depoimento e continuará à disposição da Justiça para todos os esclarecimentos sobre os fatos".
O advogado afirma que os contratos das empresas com a Transpetro seguiram todos os padrões legais e foram analisados e aprovados pelo Tribunal de Contas da União. "Não existe irregularidade. Tais fatos serão demonstramos por Wilson Quintela em depoimento. O empresário continuará, como sempre esteve, à disposição da Justiça para esclarecer o que for necessário", conclui. 

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