PROCURADOR DA LAVA JATO CRITICA DISTRITÃO; QUEREM MANTER O FORO.

Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que reforma política não apresenta nenhuma proposta para solucionar os problemas de corrupção do país

O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos responsáveis pela força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, disse nesta terça-feira que alterar o modelo político do país para o “distritão” é uma forma de deputados e senadores se blindarem da Justiça por meio da manutenção da prerrogativa de foro. Lima declarou que a proposta de reforma política discutida no Congresso não apresenta nenhuma solução para os problemas de corrupção enfrentados pelo país.
“O “distritão”, segundo alguns estudos, representaria uma renovação entre 5% a 10%, um número menor do que ocorreria no sistema proporcional. Os atuais membros do Congresso estão promovendo uma reforma para manterem o sistema e para se manterem lá, não só nos cargos de deputado e senador, mas com o foro privilegiado”, disse Lima.
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O procurador criticou os gastos que o “distritão” traria para as próximas eleições. Os deputados discutem a criação de um fundo público de 3,6 bilhões de reaispara financiar campanhas em 2018, mas a proposta deve ser vetada no plenário da Câmara por conta da forte rejeição popular.
“Vemos uma movimentação no Congresso que nada tem a ver com a solução desses problemas. Estão tentando salvar o mesmo esquema de campanhas políticas caras, não estão propondo nenhuma reforma para combater essa onerosidade. O “distritão” é a forma mais cara de se fazer campanhas, continuará havendo a busca por recursos públicos para fazer frente a essas despesas. Não temos nenhuma proposta que vise a solucionar os problemas revelados pela Lava Jato”, afirmou o procurador.

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