ESTUDANTES DO IFMA DE IMPERATRIZ DESENVOLVEM PROGRAMAS PARA SURDOS
Um programa é para celular e, o outro, para computador.
Além disso, há auxílio de intérpretes aos estudantes surdos da instituição.
No Instituto Federal do Maranhão (Ifma) de Imperatriz, os estudantes surdos têm dois intérpretes à disposição. Além disso, programas de computador criados por alunos do curso de Ciências da Computação estão sendo testados para auxiliar os estudantes surdos.
Gleyciene tem 21 anos e é estudante do segundo ano do ensino médio integrado ao curso técnico em Segurança do Trabalho. É a única aluna surda e muda do campus do Ifma no município.
É por meio das mãos e do trabalho do intérprete que o conhecimento passado em sala se transforma em aprendizagem para a jovem. Um trabalho desafiador, mas que rende satisfação.
“Tivemos sorte porque tem quatro alunos dentro da sala que conhecem um pouco de libras e sempre está nos auxiliando, então procuramos dividir o máximo as experiências com esses grupos para que todos aprendam”, explicou Willian Jhone, intérprete.
A luta pela autonomia de Gleyciene no Ifma ganhou os colegas de outros cursos. Jovens que se lançaram aos estudos para melhorar a convivência no Instituto. Para acelerar o processo de inclusão de alunos com deficiência no Campus do Ifma em Imperatriz, dois programas estão sendo desenvolvidos. O primeiro é para celular e o outro para computador.
A ideia começou entre alunos do curso técnico em informática e agora segue por meio da criatividade dos estudantes do curso superior em Ciências da Computação.
O programa de computador está em fase de teste. O funcionamento é prático: alguém escreve o que o professor fala e, de forma automática, as palavras são traduzidas para a língua brasileira de sinais. Gleyciene até já se arrisca na digitação. O programa deve auxiliar o trabalho do intérprete, sem substituí-lo.
O dispositivo para celular tem função parecida com a do programa para computador. Tudo que é digitado vai para a língua de sinais. O objetivo é que, ainda este ano, os dois programas estejam ajudando a formar estudantes com deficiência também em outras escolas.
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