Presos em operação 'Sermão aos Peixes' prestam depoimento em São Luís

Entre os presos está a ex-subsecretária de saúde do Maranhão, Rosângela Curado, que foi candidata à prefeita do município de Imperatriz nas eleições de 2016, além de ser suplente de deputada federal pelo PDT. Segundo a Polícia Federal, ela é uma das principais responsáveis pelo desvio de R$ 18 milhões de recursos da saúde. O ex-marido de Rosângela, Paulo Guilherme Curado está foragido da polícia


O ex-prefeito de Amarante, Miguel Marconi Duailibe Gomes que estava foragido desde essa quinta-feira (16), se apresentou a sede da Polícia Federal em São Luís. Ele é médico e proprietário de uma das empregas ligada ao esquema criminoso. Até o momento, apenas Benedito Silva Carvalho que estava preso, foi liberado pela Justiça por conta do seu estado de saúde, já que sofre de um câncer e possui diabetes. Ele é diretor do Instituto de Cidadania e Natureza, uma das empresas investigadas na operação.
Os indícios de fraude foram detectados em novos contratos a partir do ano de 2015, na gestão do governador Flávio Dino. Os responsáveis pelo esquema eram servidores públicos com cargos de comando na Secretaria Estadual de Saúde (SES)A

 segunda e terceira fase foram deflagradas, simultaneamente, em 06 de outubro de 2016 e resultaram na Operação ABSCONDITO, que apurou o embaraço a investigação criminal decorrente do vazamento da operação Sermão aos Peixes; e na Operação VOADORES, que apurou o desvio de 36 milhões de reais que haviam sido sacados diretamente das contas dos hospitais por meio de cheques de pequeno valor.
A quarta fase foi batizada de Operação RÊMORA e foi deflagrada no dia 02 de junho de 2017, quando foram presos em flagrante os gestores da Organização Social Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania – IDAC. Eles estavam desviando recursos públicos mediantes saques de grandes quantias em espécie na “boca do caixa”.
Nome da operação
Segundo a Polícia Federal, o nome da Operação é uma referência a um trecho do Sermão do Padre Antônio Vieira (1654), que ficou conhecido como o “Sermão aos Peixes”, no qual o Padre toma vários peixes como símbolos dos vícios e corrupção da sociedade. Um dos peixes ele chamou de PEGADOR: referência aos vícios do oportunismo: “vivem na dependência dos grandes, morrem com eles”.
Durante a investigação, restou comprovado a prática habitual de desvio de verbas para o pagamento a “apadrinhados” políticos: pessoas que recebem dinheiro público sem a devida contra prestação laboral, ou seja, atuando como “pegadores”, na visão do Sermão, já que recebiam tais benesses em razão da influência de pessoas importantes na política local, como já alertava o Padre Antonio Vieira no Sermão aos Peixes.
Por meio de nota, a enfermeira Keilane Silva afirmou que jamais teve seu nome envolvido em quaisquer denúncias de desvio de conduta, falcatruas e improbidades.

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